terça-feira, 13 de novembro de 2007

Brown reafirma importância da relação com EUA

No seu primeiro grande discurso sobre política externa desde que se tornou primeiro-ministro britânico, Gordon Brown reafirmou a importância das relações do Reino Unido com os Estados Unidos. Tenta recuperar o terreno perdido para a França e a Alemanha por sua insistência em se mostrar distante do presidente George Walker Bush.

Brown sabe que só realizou seu maior sonho porque seu antecessor, Tony Blair, queimou-se com o eleitorado britânico ao apoiar Bush incondicionalmente na guerra do Iraque. Quando se encontrou com o presidente americano, fez questão se parecer frio e distante.

O problema é que os dois países da União Européia que lideraram a oposição à invasão do Iraque, França e Alemanha, são hoje governados por líderes interessados em melhorar as relações com os EUA.

A chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, é fria e pragmática, mas não esconde o interesse em restabelecer os laços que uniram os dois países no pós-guerra.

Já o novo presidente francês, Nicolas Sarkozy, nunca dissimulou sua admiração pelos EUA, pelo vigor de sua economia. Quer ancorar a França solidamente na aliança transatlântica, inclusive voltando a integrar a estrutura militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte, de onde o general Charles de Gaulle tirou a França nos anos 60.

Brown, que cometeu uma sério de erros desde que assumiu a chefia do governo, sentiu o risco de isolamento: "Longe de mim qualquer antiamericanismo. Todos sabem de minha admiração pelos EUA. É bom que a França, a Alemanha e a União Européia tenham boas relações com os EUA. É bom para a Europa e para o mundo."

O primeiro-ministro propôs ainda novas sanções econômicas para pressionar o regime fundamentalista do Irã a não fabricar armas atômicas.

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