A Bolsa de Valores de Nova York opera em forte alta, de mais de 3,5%, embalada pela geração de mais 312 mil novos empregos e mais do que fechados em dezembro de 2018 nos Estados Unidos. Num sinal de que mais gente está procurando trabalho, a taxa de desemprego subiu de 3,7% para 3,9%.
Os salários subiram em média 3,2% nos últimos 12 meses, o maior avanço anual desde a crise de 2008. Uma declaração do presidente do Conselho da Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, Jerome Powell, de que o Fed será "paciente" indicou que nova alta de juros não é iminente depois de quatro aumentos em 2018.
A inflação, em baixa, está perto da meta de 2% ao ano, perseguida informalmente pelo Fed, que tem como objetivo buscar um equilíbrio entre o crescimento de preços e o índice de desemprego.
"Com os resultados da inflação parados que temos visto, seremos pacientes enquanto observamos para ver como a economia evolui", declarou Powell em pronunciamento em Atlanta, na Geórgia, em que acrescentou que não vai pedir demissão mesmo que o presidente Donald Trump peça isso.
Trump costuma reivindicar para si o crescimento da economia e do emprego e as altas na bolsa de valores. Com a forte queda no mercado acionário em dezembro, atacou o banco central, acusando-o de levantar as taxas básicas de juros cedo demais.
Depois da revisão para cima do número de novos empregos em outubro e novembro, a maior economia do mundo fechou 2018 com um saldo positivo de 2,64 milhões, o melhor desempenho do mercado de trabalho desde 2015.
O emprego cresce sem parar nos EUA há 99 meses, ou 8 anos e três meses. Para o mês passado, os economistas previam um aumento de 177 novos postos de trabalho. O relatório de emprego divulgado hoje foi uma grata surpresa.
Por causa do conflito comercial com a China, das pressões de Trump sobre o Fed e do risco de desaceleração da economia, as bolsas americanas tiveram no ano passado o pior desempenho desde o fim da Grande Recessão de 2008-9. Com este aumento do emprego, o risco de recessão está
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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