Todos os prédios da região do Hotel Dusit, no bairro chique de Westlands, em Nairóbi, estão sob controle, declarou hoje à noite o ministro do Interior do Quênia, Fred Matiang'i, noticiou o jornal queniano Daily Nation.
Pelo menos 14 pessoas morreram e 30 saíram feridas de um ataque terrorista reivindicado pela milícia jihadista somaliana Al Chababe (A Juventude), ligada à rede terrorista Al Caeda.
O ministro do Interior afirmou que a situação está sob controle e pediu aos quenianos que retomem suas vidas normais.
A ação começou por volta das 15 horas em Nairóbi (10h em Brasília), quando testemunhas ouviram tiros e explosões e viram quatro homens armados com fuzis de assalto. Vários veículos pegaram fogo. A polícia cercou imediatamente a área, inclusive o hotel, um banco e vários escritórios de grandes empresas transnacionais.
Cinco pessoas morreram quanto um terrorista suicida detonou bombas que trazia junto ao corpo no restaurante Secret Garden, informou o inspetor-geral da Polícia, Joseph Boinnet. Uma mulher morreu no hospital.
O grupo terrorista Al Chababe faz ataques regulares no Quênia perto da fronteira com a Somália. Não realizava uma grande ação na capital queniana desde 21 de setembro de 2013, quando invadiu o centro comercial de Westgate, situada a dois quilômetros do local da operação de hoje. Naquele dia, 71 pessoas morreram e mais de 200 saíram feridas.
Dois anos depois, um ataque contra a Universidade Garissa, no Norte do Quênia, deixou 147 mortos. O atentado mais violento da milícia, em 2017, matou mais de 500 pessoas em Mogadíscio, a capital da Somália.
Ontem, três pessoas envolvidas no atentado terrorista de 2013 foram denunciadas num tribunal do Quênia. Em 2018, as autoridades quenianas frustraram um ataque com um drone carregado com dez quilos de explosivos, que seria complementado por terroristas armados com fuzis, granadas e outros explosivos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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