Sob o impacto da guerra comercial do presidente Donald Trump, a economia da China se desacelerou no quarto trimestre de 2018 para um ritmo anual de 6,4% ao ano, o menor desde a crise financeira internacional de 2008.
Apesar da queda de confiança do consumidor, a segunda maior economia do mundo avançou 6,6% no ano passado, acima de meta de 6,5%. Mas foi a menor expansão desde 1990. Em 2017, a alta havia sido de 6,8%.
A queda no ritmo de crescimento nos três últimos trimestres preocupa os investidores. O temor é que a desaceleração chinesa puxe para baixo o desempenho da economia mundial.
O aumento das vendas no varejo ficou em 8,2% ao ano em dezembro, pouco acima dos 8,1% de novembro, a menor alta em 18 anos.
De acordo com os dados, o tarifaço dos Estados Unidos não teve grande impacto até agora. O saldo comercial chinês ficou em US$ 334,5 bilhões no ano passado, abaixo dos US$ 375 bilhões de 2017.
Desde julho, o governo chinês adotou uma séria de medidas de estímulo monetário e fiscal para amortecer o impacto social da desaceleração. Afinal, é o crescimento econômico que legitima a ditadura do Partido Comunista.
Na semana passada, o Ministério das Finanças anunciou planos para novos cortes de impostos. A reforma das estatais foi adiada para tentar garantir um pouso suave, mas a soma das dívidas do governo, das empresas e das famílias passa de 260% do produto interno bruto.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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