A Comissão para Reforma e Desenvolvimento Nacional da China revelou hoje novas medidas para aumentar o consumo doméstico e a atividade industrial, inclusive subsídios a fábricas de automóveis, telecomunicações móveis de quinta geração (5G) e produtos para casa.
O estímulo chega no momento em que a indústria manufatureira da China, a maior do mundo, dá sinais de contração pelo segundo ano seguido. Depois de registrar 49,4 em dezembro do ano passado, o índice dos gerentes de compras do setor ficou em 49,5 em janeiro. Leituras abaixo de 50 significam redução na atividade.
A contração industrial de dezembro foi a primeira desde julho de 2016. No ano passado, a China teve o menor crescimento desde 1990, quando estava sob sanções internacionais por causa do Massacre na Praça da Paz Celestial.
Com as medidas, o governo chinês quer conter a queda no consumo doméstico e das vendas no varejo. A indústria automobilística responde hoje por mais de 10% do aumento do produto interno bruto. É uma locomotiva a ser acionada para compensar, entre outras coisas, o esfriamento dos negócios imobiliários.
Na sua guerra comercial, o presidente Donald Trump atribui a desalaceração chinesa ao tarifaço que impôs, mas os números indicam uma queda de confiança interna na China. O regime chinês deve aplicar várias medidas de estímulo fiscal neste ano para enfrentrar desafios macroeconômicos como a queda no investimento, na indústria e no comércio.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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