Sob acusação da espionagem, a Polônia deteve o diretor de vendas no país da companhia chinesa de equipamentos de telecomunicações Huawei e um funcionário da empresa de telefonia Orange que chefiou a agência de segurança de tecnologia da informação polonesa, noticiou hoje a agência Reuters.
O serviço de contraespionagem da Polônia apreendeu documentos e computadores em operações de busca no escritório da Huawei e na casa do diretor preso, informou a televisão estatal. O polonês detido conhecia o sistema de criptografia do governo da Polônia.
Ambos pretextaram inocência. O crime de espionagem pode ser punido com sentenças de até dez anos de prisão. Um porta-voz da Huawei declarou que a empresa tem conhecimento das acusações e está examinando o caso.
Se a suspeita for confirmada, será o primeiro processo judicial comprovando a ligação direta entre a Huawei e os serviços de espionagem da ditadura comunista da China. Há cerca de um mês, a diretora financeira e filha do fundador da companhia, Meng Wanzhou, foi presa no Canadá a pedido dos Estados Unidos, sob a alegação de violar as sanções contra a ditadura teocrática do Irã.
Os EUA estão pressionando aliados a excluir a Huawei das concorrências para a instalação da tecnologia de comunicação móvel de quinta geração (5G), com o argumento de que faria espionagem em larga escala a serviço do regime chinês. A Huawei já assinou contratos para vender equipamentos para implantação da tecnologia 5G para cerca de 40 países.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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