terça-feira, 15 de janeiro de 2019

China e Canadá fazem alerta a viajantes em meio a crise diplomática

O Ministério do Exterior da China advertiu hoje os chineses a não irem ao Canadá, horas depois que o Canadá fez uma advertência semelhante depois da condenação à morte de um canadense processado na China por tráfico de drogas. Ambos os governos alertaram para o risco de "prisões arbitrárias".

As advertências sinalizaram o aumento da tensão entre os dois países. Suas relações bilaterais foram abaladas pela detenção no Canadá, em 1º de dezembro, da diretora financeira da companhia de telecomunicações chinesa Huawei, Meng Wanzhou, a pedido dos Estados Unidos.

Depois da prisão de Meng, a China não retaliou os EUA. Em 10 de dezembro, deteve dois cidadãos canadenses por razões de "segurança nacional".

Na segunda-feira, o cidadão canadense Robert Lloyd Schellenberg foi sentenciado à pena de morte por um tribunal de apelações da província de Dalian, informou a televisão americana CNN. Em primeira instância, Schellenberg havia sido condenado a 15 anos de cadeia, mas as autoridades chinesas exigiram um segundo julgamento e pediram sentença de morte.

A China adota uma política de linha dura contra as drogas. Qualquer pessoa flagrada com mais de 50 gramas de uma substância proibida está sujeito à pena de morte.

"Não sou um contrabandista de drogas. Vim à China como turista", declarou o canadense antes de ouvir o veredito. Sua família pediu proteção ao governo canadense. O primeiro-ministro Justin Trudeau manifestou "extrema preocupação" com a sentença de morte.

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