Nos últimos dias, funcionários de uma empresa de segurança russa ligada ao Kremlin chegaram a Caracas para reforçar a segurança pessoal do ditador Nicolás Maduro, que tem sua legitimidade contestada, especialmente depois que o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó se declarou presidente interino da Venezuela, noticiou a agência Reuters.
A Rússia repudiou a decisão do governo dos Estados Unidos de reconhecer Guaidó como presidente legítimo da Venezuela e denunciou-a como uma tentativa de Washington de interferir nos assuntos internos de um país soberano.
Desde 21 de janeiro, pelo menos 20 pessoas morreram baleadas em choques de manifestantes e saqueadores com as forças de segurança. Houve várias revoltas de oficiais militares de baixa patente nos últimos anos.
Enquanto a cúpula das Forças Armadas estiver unida, o regime se sustenta. Mas comandantes militares teriam mantido contatos com a oposição, talvez aceitando a proposta de anistia para negociar uma transição pacífica.
Quando Guaidó se declarou presidente interino, na quarta-feira, com o apoio da Assembleia Nacional, os comandantes militares levaram 24 horas para fazer um pronunciamento em defesa da legitimidade de Maduro. Não foi uma resposta imediata. Isso indica que houve consultas internas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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