O candidato oposicionista Martin Fayulu declarou hoje ter vencido a eleição presidencial de 30 de dezembro de 2018 na República Democrática do Congo, contestando o resultado oficial divulgado pela Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), que deu a vitória ao também oposicionista Félix Tshisekedi. Há forte suspeita de um acordo entre Tshisekedi e o presidente Joseph Kabila para fraudar a eleição.
Por uma contagem paralela feita pela Igreja Católica, Fayulu foi o vencedor com 60% dos votos. Ele convocou seus eleitores a rejeitar o resultado oficial e prometeu recorrer amanhã ao Tribunal Constitucional.
A eleição presidencial deveria ter sido realizada no fim de 2016, quando terminou o segundo mandato de Kabila. Foi adiada por dois anos sob a alegação de falta de segurança e de estrutura. A fraude pode deflagrar uma nova onda de violência, em vez da primeira transição pacífica e democrática desde a independência do antigo Congo Belga, em 1960.
A França, a Bélgica e o Vaticano fizeram um apelo às autoridades congolesas para que reconhecem o verdadeiro resultado das urnas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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