Ao comentar agora a aprovação pelo Congresso do aumento do limite da dívida pública dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama disse que o acordo vai permitir uma economia de US$ 2 trilhões e defendeu uma elevação dos impostos sobre ricos e grandes empresas para reduzir o déficit e a dívida do país.
O projeto prevê cortes de gastos no valor de US$ 917 bilhões. Uma comissão bipartidária deve discutir até novembro onde serão reduzidas outras despesas. A próxima batalha será travada nela.
A oposição republicana, que se considera vitoriosa por ter evitado aumentos de impostos até agora, vai resistir à tentativa de acabar com as isenções aprovadas há dez anos pelo governo George W. Bush.
Para Obama, a prioridade agora é a geração de empregos, tema central da campanha eleitoral de 2012. Ele criticou o Congresso por ter levado a discussão sobre o teto da dívida até o limite, colocando o país em risco de não pagar dívidas e de perder sua nota de crédito, hoje a melhor do mundo.
O presidente prometeu cobrar de deputados e senadores medidas concretas para estimular a economia e criar empregos. É mais provável que eles continuem se degladiando em torno dos cortes de gastos e possíveis aumentos de impostos.
Com uma queda de 0,2% no consumo doméstico em junho e a estimativa dos economistas de que apenas 77 mil novas vagas de emprego tenham sido abertas em julho, a Bolsa de Valores de Nova York opera em queda. O mercado sabe que ainda há muito trabalho pela frente até a total recuperação da maior economia do mundo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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