Depois de uma negociação de última hora entre os Estados Unidos e a África do Sul, que ainda não reconheceu o Conselho Nacional de Transição como governo provisório da Líbia, as Nações Unidas liberaram hoje US$ 1,5 bilhão congelados por decisão do Conselho de Segurança.
Deste total, US$ 500 milhões vão para organizações internacionais de ajuda humanitária, US$ 500 milhões para o governo provisório pagar salários atrasados e movimentar a máquina do Estado, paralisada por seis meses de guerra civil, e US$ 500 milhões para um fundo de reserva para emergências.
O coronel Muamar Kadafi é considerado um aliado por seu apoio à luta da maioria negra da África do Sul contra o regime segregacionista do apartheid. Além disso, com o declínio do nacionalismo pan-árabe diante da expansão do fundamentalismo muçulmano, o ditador tentou se reinventer com um líder africano.
Nem a África do Sul nem a União Africana reconheceu até agora a mudança de regime na Líbia.
Kadafi fez novo apelo a seus seguidores para que resistam, retomem Trípoli e expulsem os "ratos" de lá, mas deve estar escondido em algum buraco, como Saddam Hussein antes de ser preso.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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