A Praça Verde, onde os partidários do regime faziam suas manifestações, está tomada por oposicionistas que prometem rebatizá-la como Praça dos Mártires, informa a TV árabe Al Jazira.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, e do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, pediram a renúncia imediata de Kadafi para evitar mais morte e destruição.
Em entrevista à TV pública britânica BBC, um porta-voz do Conselho Nacional de Transição, o governo provisório rebelde, Guma el-Gamaty, garantiu que a unidade do país não corre risco. Ele descreveu Kadafi como um dos piores ditadores da História e afirmou que pelo menos 20 mil pessoas foram mortas na revolução.
O Tribunal Penal Internacional confirmou há pouco a prisão de um dos filhos do ditador, Seif al-Islam Kadafi, que era considerado forte candidato à sucessão. Ele deve ser levado a julgamento em Haia, na Holanda, por crimes contra a humanidade. Muamar Kadafi deve ter o mesmo destino, a não ser que negocie uma espécie de salvo-conduto para fugir. Outros dois filhos do coronel, Mohamed e Saadi, também estariam presos.
Diante da ofensiva rebelde e do colapso de suas forças, formadas em grande parte por mercenários de outros países africanos onde ele financiou guerras civis, o coronel poderia ter fugido da Líbia. Isolado, lhes restavam poucos amigos, mas o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, lhe ofereceu asilo.
Ao defender a intervenção militar, a porta-voz da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Oana Longescu, lembrou que a guerra começou com as forças da ditadura líbia atacando indiscriminadamente civis que se manifestavam pedindo democracia e liberdade, depois da vitória das revoluções na Tunísia, em 14 de janeiro de 2011, e no Egito, em 11 de fevereiro.
Desde março, a OTAN, especialmente a França, o Reino Unido e os Estados Unidos, realizaram quase 7,5 mil missões de ataque aéreo na Líbia.
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