Pelo menos 2,2 mil pessoas foram mortas desde que a revolução árabe chegou à Síria, em 15 de março de 2011, declararam ontem as Nações Unidas.
Com a queda do coronel Muamar Kadafi na Líbia dias antes de completar 42 anos no poder, a Síria passa a ser o principal foco das pressões internacionais.
O Brasil errou ao não apoiar a intervenção militar contra Kadafi para proteger a população civil do banho de sangue que aconteria se a revolta popular fosse derrotada. Não deveria participar militarmente, deixando a tarefa para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Erra ao dar mais tempo para o ditador sírio, Bachar Assad, realizar as "reformas" prometidas a enviados do Brasil, da Índia e da África do Sul. Onde está o compromisso com os direitos humanos inscrito na Constituição?
Em discurso na televisão estatal síria, Assad prometeu uma lei introduzindo o bipartidarismo na Síria para quinta-feira, 25 de agosto, mas pretende manter o monopólio estatal do partido Baath, que está na Constituição.
Ontem, assim que uma delegação da ONU visitou o país, a polícia voltou a atirar para matar nos manifestantes.
Na Síria, sem qualquer apoio externo formal, a população resiste há cinco meses a um ataque constante do seu próprio governo, uma ditadura brutal que usa tanques e tropas num conflito interno.
Como na Líbia, os rebeldes sírios temem que a derrota leve à morte. Por isso, lutam até o fim. A opção é vencer ou morrer.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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