A queda na confiança do consumidor em agosto, medida pela Universidade de Michigan, indica que não deve haver grande aceleração nos próximos.
Em discurso numa conferência de diretores de bancos centrais e acadêmicos em Jackson Hole, no estado do Wyoming, o presidente da Reserva Federal (Fed), Ben Bernanke, prometeu monitorar a economia e “empregar os instrumentos adequados” para estimular o crescimento, mas num anunciou nenhuma medida imediata, informa o jornal The New York Times.
O presidente do Fed admitiu que “momentos de volatilidade e aversão ao risco” nos mercados financeiros ressurgiram por causa dos problemas com as contas públicas na Europa e nos EUA. Ele disse não ter dúvida de que essas ameaças “põe em risco o crescimento”.
Mas, “a longo prazo, minha visão é mais otimista”, ponderou Bernanke, afirmando que “os fundamentos para o crescimento de longo prazo” da maior economia do mundo “não foram alterados permanentemente pelos choques dos últimos quatro anos”.
Os bancos estão em melhor situação e a indústria cresceu 15% desde o pior momento da crise, acrescentou.
Numa crítica aos políticos, Bernanke acrescentou que “o país seria melhor servido por um processo melhor para tomada de decisões fiscais”, observando que a batalha política para aumentar o teto da dívida pública dos EUA abalou os mercados financeiros e “provavelmente a economia como um todo”, registra o jornal The Washington Post.
Havia uma expectativa no mercado financeiro de que o Fed anunciasse um terceiro programa de compra de títulos públicos para jogar mais dinheiro no mercado. Isso poderia criar mais problemas para as grandes economias emergentes como Brasil, que sofrem com a desvalorização do dólar.
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