Um artigo publicado na revista eletrônica Slate aponta medidas para evitar que a Líbia caia no mesmo abismo.
O problema inicial é restabelecer a ordem pública imediatamente para evitar a onda de violência política e criminosa que arrasou o Iraque e até hoje atrasa a reconstrução do país. Para o analista americano Richard Haass, é essencial o envio imediato de assessores militares e policiais para reorganizar as forças de segurança.
Em seguida, os países que reconheram o Conselho Nacional de Transição como governo transitório do país devem liberar o dinheiro líbio congelado como sanção contra o regime de Kadafi. Só os Estados Unidos têm cerca de US$ 35 bilhões.
As revoluções criam grandes expectativas. Se elas não são atendidas, há um sério risco de mergulho no caos e na anarquia, ambiente favorável ao surgimento de um novo tirano.
É preciso criar uma estrutura de governo capaz de controlar e prestar contas da aplicação do dinheiro, mas os recursos devem ser canalizados rapidamente para projetos específicos e claramente visíveis de reconstrução nacional.
Como a Líbia não tem qualquer tradição democrática, é necessário começar da base, realizando eleições municipais para estimular a participação popular e a fiscalização pública das autoridades eleitas.
Nos próximos anos, o país vai precisar de muita ajuda internacional. Será um teste para o sucesso das revoluções no mundo árabe. A tomada do poder é só o primeiro passo.
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