domingo, 14 de agosto de 2011

Paquistão mostra helicóptero dos EUA à China

O Paquistão deixou engenheiros militares da China fotografar e pegar amostras do helicóptero dos Estados Unidos acidentado na operação que matou o líder terrorista Ossama ben Laden, em 1º de maio de 2011, na cidade de Abotabade, revelou hoje o jornal britânico Financial Times.

Isso aumenta a desconfiança entre os EUA e o Paquistão, supostamente aliados na luta contra o terrorismo de extremistas muçulmanos.

Pelas informações obtidas pelos americanos, o serviço secreto militar paquistanês deixou os chineses examinarem os restos do helicóptero, tirar fotos e coletar amostras da resina que cobra o aparelho para torná-lo invisível aos radars inimigos.

O helicóptero, uma versao modificada do Falcão Negro,  perdeu sustentação ao se aproximar do muro da mansão onde Ben Laden se escondia. Caiu e tornou-se imprestável.

No fim da missão, os focas de um esquadrão de elite da Marinha dos EUA destruíram alguns instrumentos considerados de segurança nacional com um martelo especial e explodiram o que restou do aparelho. A causa do helicóptero caiu fora do muro e foi abandonada.

Duas semanas depois do ataque, o senador John Kerry, candidato democrata derrotado em 2004, hoje presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, foi ao Paquistão pedir a devolução da cauda. Antes, os EUA haviam pedido segredo.

Quando Perry esteve em Islamabade, disseram-lhe que fotos do helicóptero teriam sido feitas por populares e colocadas na Internet. Mas a CIA (Agência Central de Inteligência), o serviço secreto dos EUA, está certo de que os chineses tiveram amplo acesso aos destroços do Falcão Negro.


O Ministério da Defesa da China negou ter tido acesso ao helicóptero. Chamou a reportagem de "totalmente infundada e extremamente absurda".

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