Sob o impacto do terremoto e do maremoto de 11 de março, o Japão se contraiu num ritmo de 1,3% ao ano, 0,3% em relação ao trimestre anterior, um resultado muito melhor do que a expectativa média dos analistas, que era de um recuo de 2,7% na taxa anualizada.
A previsão é de uma forte retomada do crescimento de julho a setembro. A partir daí, os problemas crônicos que afetam a terceira maior economia do mundo devem voltar a se manifestar.
Primeiro, as exportações para a Europa e os Estados Unidos serão atingidas pelo baixo crescimento dos dois maiores mercados, a crise nas dívidas do setor público e a ameaça de volta da recessão.
Para agravar a situação, o iene se valoriza como refúgio seguro diante da instabilidade no mercado financeiro. Um dólar compra apenas 80 ienes.
Por fim, há a interminável crise política japonesa. O país teve cinco primeiros-ministros nos últimos quatro anos, e o atual, Naoto Kan, já concordou em deixar o cargo assim que encaminhar o projeto de reconstrução pós-terremoto.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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