terça-feira, 6 de novembro de 2007

Islamitas destroem Buda no Paquistão

Em 2001, meses antes dos atentados de 11 de setembro, fundamentalistas muçulmanos destruíram as estátuas monumentais de Buda em Bamiã, no Afeganistão, um prenúncio do terror. O mundo assistiu estarrecido e prometeu que aquilo não se repetiria.

Agora, na vale Swat, no Noroeste do Paquistão, os jihadistas atacaram uma das mais antigas e importantes esculturas da arte budista. É uma estátua de Buda sentado esculpida numa rocha de 40 metros de altura no início da era cristã. Depois dos Budas de Bamiã, é a mais importante estátua de Buda no Sul da Ásia.

Foi o segundo ataque em menos de um mês. Como destacou o jornal paquistanês Dawn, não é uma imagem escondida num lugar remoto. Fica perto da estrada principal.

O islamismo proíbe a representação de figuras humanas e de animais, daí a fúria dos jihadistas. Eles realizaram seu trabalho - abrindo buracos na estátua, enchendo-os de explosivos e detonando-os - em plena luz do dia. Fizeram isso duas vezes.

Na primeira, por causa da incompetência dos extremistas, a imagem não sofreu grandes danos. Na segunda, destruíram a face, os ombros e pés do Buda. Já se fala de um terceiro ataque.

Nem a polícia nem os líderes locais se arvoram a defender a estátua. Os jornais paquistaneses denunciaram mais esta agressão ao patrimônio cultural da humanidade. Mas a sociedade internacional permanece calada.

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