Pelo menos 50 pessoas, inclusive seis deputados do Parlamento do Afeganistão, foram mortos nesta terça-feira, 6 de novembro, quando visitavam uma fábrica de açúcar na província de Baghlan, no Norte do país. A agência de notícias Associated Press fala em 64 mortos e a Reuters de até 90, o que o tornaria o pior atentado desde a invasão americana, em outubro de 2001.
As ações terroristas são mais freqüentes no Sul e no Leste afegãos. Lá, ficam as bases da milícia dos Talebã, o grupo fundamentalista muçulmano que governou o país de 1996 até ser derrubado pela intervenção militar dos Estados Unidos, destinada a punir a rede terrorista Al Caeda, responsável pelos atentados de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos.
Os Talebã caíram em um mês, mas se reorganizaram e, desde 2005, intensificaram seus ataques contra as forças internacionais e o atual governo. Esse atentado indica que a milícia pode ter expandido sua influência por outras região.
Ao condenar o ataque, o presidente afegão, Hamid Karzai, expressou sua "profunda tristeza pelo martírio de deputados do Afeganistão. Este terrível ato terrorista é contra o Islã e a humanidade. Condeno-o nos termos mais duros possíveis. É o trabalho dos inimigos da paz e da segurança no Afeganistão".
Entre os mortos, está o deputado Mustafa Kazemi, ex-ministro do Comércio e atual líder da oposição. Ele é um dos senhores da guerra na região.
Como escolares foram mobilizados para receber as autoridades, teme-se que haja muitas crianças entre os mortos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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