Sob o impacto da guerra comercial de Donald Trump, a China cresceu em ritmo de 6,5% ao ano no terceiro trimestre de 2018. É a menor taxa desde o início de 2009, no auge da Grande Recessão causada pela falência do banco de investimento americano Lehman Brothers, em setembro de 2008.
O vice-primeiro-ministro encarregado da economia, Liu He, declarou que segunda maior economia do mundo mantém um crescimento estável, mas advertiu os bancos a não relutarem em emprestar dinheiro a empresas privadas.
"Se você analisar a economia da China focando apenas numa coisa ou um período, pode sentir que ela enfrenta dificuldades", afirmou Liu à televisão estatal CCTV, ao jornal oficial Diário do Povo e à agência de notícias Nova China. "Mas, se olhar numa perspectiva histórica mais longa, a perspectiva é muito brilhante."
No primeiro trimestre, o crescimento chinês foi em ritmo de 6,8%. No segundo, ficou em 6.7%.
Liu tentou minimizar a importância do conflito com os EUA, seu maior parceiro comercial: "O impacto psicológico é maior do que o impacto real. A China e os EUA estão em contato." Falava de um possível encontro do ditador Xi Jinping com Trump durante a reunião de cúpula do Grupo dos Vinte em Buenos Aires no mês que vem,
O investimento em capital fixo aumentou em setembro para 5,4% ao ano, um pouco acima de 5,3%, recorde de baixa, registrado em agosto. A produção industrial avançou 5,8% e as vendas no varejo subiram 9,2%, em bases anuais. No ano passado, esses índices estavam em 6,6% e 10,3%.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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