Depois que dez bombas caseiras foram enviadas para adversários e críticos do presidente Donald Trump, o FBI (Federal Bureau of Investigation), a polícia federal dos Estados Unidos investiga endereços no Sul do estado da Flórida, onde alguns artefatos explosivos teriam sido postos no correio. Hoje foram descobertas mais três bombas, duas destinadas ao ex-vice-presidente Joe Biden e a outra ao ator Robert de Niro, noticiou o jornal The New York Times.
Os outros alvos foram os ex-presidente Bill Clinton e Barack Obama, a ex-senadora Hillary Clinton, o e-ministro da Justiça Eric Holder, a deputada Maxine Waters, o ex-diretor da CIA (Agência Central de Inteligência) John Brennan, comentarista da rede de televisão CNN, para onde foi enviada a bomba, e o megainvestidor George Soros, patrocinador de causas liberais.
Todos os pacotes-bomba apontavam como remetente a deputada Debbie Wasserman Schulz, ex-presidente do diretório nacional do Partido Democrata. "Parecem ter sido enviadas pela mesma pessoa", declarou um investigador.
A primeira bomba foi encontrada na segunda-feira na casa de Soros, em Nova York. As bombas para os ex-presidentes e altos funcionários foram interceptadas pelo serviço secreto. Na madrugada de hoje, às 5h (6h em Brasília), um segurança da Tribeca Produções, de Robert de Niro, suspeitou de um pacote e chamou o esquadrão antibombas da polícia nova-iorquina. A bomba foi removida uma hora e meia depois.
De Niro, crítico feroz de Trump, usou palavrões para se referir ao presidente americano na entrega dos Prêmios Tony, em junho passado.
No primeiro momento, a suspeita era de que algumas bombas tivessem sido deixadas diretamente nas caixas de correio. Agora, a polícia acredita que todas serão enviadas pelo correio. O objetivo agora é descobrir onde os envelopes e componentes das bombas foram comprados.
O FBI está pegando os dados das torres de telefonia celular nas áreas onde supõe que as bombas tenham sido postadas. Vai criar uma lista dos usuários que andaram por lá quando os pacotes com explosivos foram remetidos.
Depois de prometer defender todos os americanos e pedir unidade na Casa Branca à tarde, na noite de ontem Trump voltou ao discurso contra o jornalismo, acusando a imprensa de "incivilidade", "hostilidade permanente" e de publicar "notícias falsas".
Em resposta, o ex-diretor da CIA mandou o presidente parar de culpar os outros e se "olhar no espelho". Durante entrevista coletiva, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, reafirmou que foi terrorismo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
quinta-feira, 25 de outubro de 2018
Investigação sobre terrorismo nos EUA foca no Sul da Flórida
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