Os professores americanos William Nordhaus, da Universidade de Yale, e Paul Romer, da Universidade de Nova York e ex-vice-presidente do Banco Mundial, foram agraciados hoje com o Prêmio Nobel de Economia de 2018 pela Academia Real de Ciências da Suécia.
Nordhaus, de 77 anos, dividiu o prêmio por "integrar a mudança climática na análise macroeconômica de longo prazo" e Romer, de 62 anos, por "integrar inovações tecnológicas na análise macroeconômica de longo prazo".
Os dois desenvolveram suas pesquisas independentemente, "ampliando o alcance da análise econômica" com a criação de modelos usados para estudar mudanças de longo prazo e sua implicações políticas.
"William Nordhaus e Paul Romer criaram métodos para enfrentar algumas das questões mais básicas e urgentes sobre como criar crescimento econômico sustentado e sustentável", declarou o comitê do Nobel.
Pioneiro no estudo da economia ambiental desde os anos 1970s, o professor Nordhaus foi o primeiro a criar, nos anos 1990s, um modelo que "descreve a interação global entre a economia e o clima". Usando ideias da física, da química e da economia, explora os possíveis efeitos das intervenções políticas para tentar controlar o aquecimento global.
A cobrança de impostos sobre as emissões de gases carbônicos para combater a mudança do clima é uma proposta de Nordhaus, aplicada hoje em larga escala na Europa.
Romer, de 62 anos, formulou métodos para analisar o crescimento econômico a longo prazo e sobre as condições de mercado necessárias para promover inovações tecnológicas. Seu trabalho mais importante, publicado em 1990, lançou as bases da "teoria do crescimento endógeno".
Esta teoria mostra que o desenvolvimento tecnológico é impulsionado por políticas que promovam o crescimento, a educação e a pesquisa. Destaca a importância de investir em países e ideias para acelerar o crescimento, quando a maioria dos economistas acreditava que era impossível aumentar o ritmo da inovação tecnológica.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
segunda-feira, 8 de outubro de 2018
Nobel de Economia premia atualização da análise macroeconômica
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