O subprocurador-geral Rod Rosenstein descreveu como "adequada e independente" a investigação do procurador especial Robert Mueller sobre a interferência indevida da Rússia nas eleições de 2016 nos Estados Unidos, que o presidente Donald Trump chama de "caça às bruxas" e de "manipulada", noticiou o jornal The Wall Street Journal.
Em longa entrevista, Rosenstein reafirmou sua confiança nos resultados do inquérito. Foi ele que nomeou Mueller depois da demissão do diretor-geral James Comey por Trump, em 9 de maio de 2017.
Trump nunca perdoou seu ministro da Justiça, Jeff Sessions, por rejeitar a chefia do inquérito sobre a ingerência russa. Sessions se declarou impedido por ter mantido contato com russos durante a campanha. Há suspeitas do conluio da campanha com o Kremlin, o que o Trump nega.
O presidente acusou e humilhou no Twitter. Sessions respondeu que não aceitaria pressões políticas sobre investigações. Deve sair do governo no fim do ano. Trump não o demite para não ser acusado de obstrução de justiça.
Por presidir o inquérito e ter permitido que o escritório de seu advogado você alvo de uma operação de busca e apreensão. Rosenstein também virou alvo de Trump. Depois que o jornal The New York Times noticiou que teria proposto gravar reuniões internas para acusar o presidente de incapaz e afastá-lo do cargo com base na Emenda Constitucional nº 25, sua demissão era dada como certa.
Na época, em nota, o subprocurador negou ter gravado ou autorizado gravações do presidente. Ele acrescentou que "qualquer sugestão de que defendi a remoção do presidente é absolutamente falsa". Depois disso, os dois tiveram um encontro de trabalho na Casa Branca, Rosenstein sobreviveu.
"Tenho a solene responsabilidade de garantir que casos como este sejam investigados e denunciados, e fico satisfeito que o presidente tenha apoiado isso", declarou o subprocurador-geral. "Meu compromisso é garantir que a investigação seja adequada e independente e chegue ao resultado certo, qualquer que seja."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário