quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Dois americanos e um britânico ganham Prêmio Nobel de Química

A engenheira química e bioquímica americana Frances Arnold, professora do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), em Pasadena, na Califórnia, nos Estados Unidos, ganhou hoje a metade do Prêmio Nobel de Química de 2018. O químico americano George Smith, professor da Universidade do Missouri em Colúmbia, e o bioquímico britânico Gregory Winter, professor da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, dividiram a outra metade.

Os três cientistas domesticaram a evolução para criar proteínas. Eles levaram as mutações para os laboratórios e tubos, acelerando o processo para multiplicar as mutações das moléculas e selecioná-las, num processo de evolução dirigida. Isso permitiu o desenvolvimento de novos medicamentos, declarou a Academia Real de Ciências da Suécia ao anunciar a premiação hoje de manhã em Estocolmo.

Arnold, de 62 anos, é a quinta mulher a ganhar o Nobel de Química e a primeira desde 2009. Foi agraciada "pela evolução dirigida de enzimas", proteínas que catalisam reações químicas.

Smith, de 77 anos, desenvolveu em 1985 um mecanismo para usar um vírus que infecta bactérias para gerar novas proteínas.

Winter, de 67 anos, usou esse processo na evolução dirigida de anticorpos. Isso levou à produção de novos medicamentos.

O primeiro medicamento criado desta forma, o o adalimumab, surgiu em 2002. É usado no tratamento de doenças autoimunes, psoríase e artrite reumatoide, para neutralizar toxinas e até mesmo para curar curar metástases de câncer.

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