segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Governo Trump fecha representação palestina em Washington

Em mais uma retaliação à Autoridade Nacional Palestina (ANP) por rejeitar seu plano de paz, o presidente Donald Trump mandou fechar sua representação em Washington por "não dar passos para avançar começar a negociações diretas com Israel". O principal negociador palestino, Saeb Erekat, repudiou a medida, descrevendo-a como uma "punição coletiva" do povo palestino pelos EUA.

Desde que Trump reconheceu Jerusalém como capital de Israel e transferiu a Embaixada Americana para lá, a ANP declarou que os EUA perderam a condição de mediar o conflito árabe-israelense. Na semana passada, o presidente cortou uma ajuda de US$ 300 milhões anuais à agência das Nações Unidas para ajuda aos refugiados palestinos.

"A liderança da OLP (Organização para a Libertação da Palestina) condenou um plano de paz dos EUA que ainda não viu e se recusou a se engajar no esforço de paz do governo dos EUA", declarou em nota o Departamento de Estado.

A representação, embrião de uma embaixada se um dia os EUA reconhecessem a independência da Palestina, deve ser fechada até 10 de outubro.

Os EUA também estão irritados com a ameaça da ANP de denunciar Israel ao Tribunal Penal Internacional (TPI) por violações aos direitos humanos e com a possibilidade do tribunal investigar crimes de guerra dos soldados americanos no Afeganistão.

Quando o TPI foi criado, os EUA não aderiram porque não submeteriam seus cidadãos a um tribunal internacional, mas colaboraram, por exemplo, nos processos sobre o genocídio na província de Darfur, no Sudão. Mas o atual assessor de segurança nacional, John Bolton, antigo inimigo da ideia de uma jurisdição internacional, ameaça impor sanções ao TPI.

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