domingo, 30 de setembro de 2018

Trump se apaixonou por Kim

Durante um discurso de uma hora no estado da Virgínia Ocidental, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou ter "se apaixonado" pelo ditador da Coreia do Norte, Kim Jong Un, além de reforçar a campanha para que o juiz Brett Kavanaugh, indicado por ele para a Suprema Corte, seja aprovado pelo Senado.

Ao falar do ditador norte-coreano, Trump afirmou: "Nós nos apaixonamos." E explicou: "Ele me escreveu cartas lindas. Eram grandes cartas. E então, nos apaixonamos."

Trump e Kim trocaram ameaças de guerra nuclear no ano passado. No discurso de Ano Novo, Kim mudou da retórica agressiva para a reconciliação, mandou uma delegação à Olimpíada de Inverno na Coreia do Sul, encontrou-se três vezes com o presidente sul-coreano, Moon Jae In, e uma com Trump.

No histórico encontro de cúpula de 12 de junho em 2018, em Cingapura, o primeiro de um presidente dos EUA no exercício do cargo com um ditador da Coreia do Norte, Kim e Trump chegaram a um acerto inicial para desnuclearizar a Península Coreana e chegar a um acordo de paz definitivo na Guerra da Coreia (1950-53).

Desde então, as negociações estagnaram. Por três vezes, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, cobrou do regime comunista de Pyongyang uma relação completa das armas do arsenal nuclear e a apresentação de um cronograma para entregar 60% a 70% das bombas atômicas dentro de seis a nove meses.

A Coreia do Norte resiste a um desarmamento unilateral. Quer um desarmamento gradual e a assinatura de um acordo de paz. Os EUA relutam, temendo que o regime stalinista norte-coreano exija a retirada total das forças americanas da Coreia do Sul, hoje com 28,5 mil soldados.

Nenhum comentário: