Apesar dos riscos da guerra comercial do governo Donald Trump com a China, o Conselho da Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, aumentou hoje em 0,25 ponto percentual a taxa básica de juros da maior economia do mundo para uma faixa de 2% a 2,25% ao ano. Foi a terceira alta do ano e a oitava neste ciclo de elevação dos juros, que começou em dezembro de 2016, depois de juros praticamente zerados para combater a Grande Recessão de 2008-9.
"Nossa economia é forte, o crescimento está em ritmo saudável, o desemprego é baixo, o número de pessoas empregadas cresce firmemente", comentou o presidente do Fed, Jay Powell. "A inflação está baixo e estável. Todos esses sinais são muito bons."
Com o mercado de trabalho perto do pleno emprego, o número de pedidos de seguro-desemprego é o menor em 49 anos, o ritmo de aumento dos salários é o maior em nove anos.
Desde a decisão do presidente Donald Trump de impor sobretaxas a produtos chineses importados pelos EUA no valor de US$ 200 bilhões por ano, com forte impacto sobre empresas americanas com fábricas na China, a confiança do empresariado americano caiu. O Fed evitou referências a isso no seu comunicado.
No momento, a expectativa média do mercado é que o banco central dos EUA suba a taxa básica de juros até 3,4% em 2020. A economia do país deve crescer 3,1% neste ano, 2,5% em 2019 e 2% em 2020. O núcleo da inflação, excluídos os preços mais voláteis de energia e alimentos, deve chegar a 2,1% em 2019. A taxa de desemprego tende a cair para 3,5%.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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