O Exército de Israel matou sete palestinos nesta sexta-feira, inclusive dois menores de 12 e 14 anos, durante uma manifestação de protesto que atraiu 20 mil palestinos para a fronteira da Faixa de Gaza, dominada pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), informou o jornal liberal israelense Haaretz.
O Ministério da Saúde de Gaza identificou os menores como Youssef Abu Zarifa, de 12 anos, baleado na cabeça a leste de Khan Younis, e Mohammad Naif al-Hum, de 14 anos, atingido no peito perto do campo de refugiados de Al-Bureij. Dos adultos mortos, dois tinham 18 anos e os demais 24, 26 e 33 anos. Outros 506 palestinos saíram feridos e 210 foram hospitalizados.
A Força de Defesa de Israel declarou ter contra-atacado duas vezes no Norte da Faixa de Gaza, em resposta a granadas e explosivos jogados contra soldados israelenses que patrulhavam a fronteira. Os palestinos conseguiram mandar seis balões incendiários para o território israelense.
Desde o fim de março, o Hamas organiza as "marchas do retorno" toda sexta-feira, a folga religiosa semanal dos muçulmanos, para reivindicar o "direito de retorno" à terra onde foi criado o Estado de Israel, há 70 anos.
Com a retirada de uma ajuda dos Estados Unidos de US$ 300 milhões à agência das Nações Unidas dedicada a ajudar os refugiados palestinos, a tensão aumentou muito em Gaza.
Quatro anos depois da última guerra aberta contra o grupo extremista palestino, a inteligência militar israelense teme um conflito iminente com o Hamas, se não houver ajuda externa para compensar o fim da assistência americano nem uma reconciliação entre o Hamas e a Autoridade Nacional Palestina (ANP), que domina partes da Cisjordânia ocupada.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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