Diante da estagnação das negociações de desnuclearização com os Estados Unidos, a Coreia do Sul enviou uma delegação a Pyongyang para se encontrar com o ditador Kim Jong Un e anunciou um terceiro encontro de cúpula com a Coreia do Norte, a ser realizado de 18 a 20 de setembro.
A reunião das duas Coreias é o caminho para o presidente sul-coreano, Moon Jae In, tentar mediar o diálogo entre os EUA e o regime comunista norte-coreano. A Coreia do Sul está mais interessada em reduzir a tensão e fortalecer as relações com o Norte como estratégia de paz. Não tem a mesma preocupação com a desnuclearização que os EUA.
No encontro de cúpula histórico entre o presidente Donald Trump e o ditador Kim Jong Un em 12 de junho, em Cingapura, Kim prometeu entregar as armas nucleares e Trump assinar um acordo de paz para acabar finalmente com a Guerra da Coreia (1950-53). Hoje é evidente que nenhum dos dois tinha a intenção de honrar o compromisso assumido.
Nem a Coreia do Norte pretende entregar todas as armas atômicas desenvolvidas a um custo elevado nem os EUA estão dispostos a assinar um acordo de paz que implique a retirada dos 28,5 mil soldados americanos baseados na Coreia do Sul.
Em meio às últimas informações sobre o caos na Casa Branca, Trump teria cogitado retirar as tropas americanas da Coreia do Sul. Foi contido por assessores e generais do Pentágono. Se a China é o inimigo em potencial no futuro, os EUA têm todo o interesse em manter forças num país vizinho.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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