A professora Christine Blasey Ford que acusa o juiz Brett Kavanaugh, nomeado pelo presidente Donald Trump para a Suprema Corte dos Estados Unidos, concordou em depor na próxima semana no Senado, informou hoje seu advogado. Os termos e a hora do depoimento não foram revelados.
O presidente da Comissão de Justiça do Senado, Charles Grassley, havia dado um prazo limite até a tarde de hoje para a professora decidir se falará ou não. A comissão queria que o depoimento fosse na quarta-feira. Os advogados pediram que fosse na quinta-feira.
Ford, professora da Universidade de Palo Alto, na Califórnia, acusa Kavanaugh de tentar estuprá-la numa festa em 1982, quando ambos eram estudantes secundaristas, ela tinha 15 anos e ele 17, e não quer que o ex-colega Mark Judge deponha. Judge e Kavanaugh estavam bêbados e teriam se juntado para levar a menina para um quarto e tentar manter relações sexuais com ela.
No Twitter, Trump defendeu a indicação: "Não tenho dúvida de que, se o ataque à Drªa Ford fosse tão ruim como ela diz, as acusações teriam sido feitas imediatamente às autoridades locas por ela ou seus pais. Peço que ela apresente as denúncias para que possamos saber data, hora e local."
Como a maioria do Partido Republicano no Senado é pequena, os votos de duas senadoras do partido, Susan Collins e Lisa Murkowski, podem ser decisivos. Elas querem ouvir as acusações de Ford e as explicações de Kavanaugh.
Várias personalidades destacadas, atores, diretores, políticos e empresários foram denunciadas por abusos sexuais pelo movimento MeToo! (Eu também!). A acusação ao juiz acontece num momento em que os republicanos lutam para manter a maioria na Câmara e no Senado nas eleições de meio do mandato de Trump.
A maioria das pesquisas indica que os republicanos devem manter o controle do Senado, mas há grandes chances de que o Partido Democrata faça maioria na Câmara.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário