Os Estados Unidos abriram 201 mil vagas de emprego a mais do que fecharam em agosto, superando a média das expectativas dos economistas, que era de 191 mil. Os salários registraram alta de 2,9% num ano, o maior aumento desde junho de 2009, revelou hoje o relatório mensal de emprego do Departamento do Trabalho.
A taxa de desemprego, medida em outra pesquisa, ficou estável em 3,9%. O índice amplo, que inclui quem trabalha em meio expediente ou sem contrato de trabalho, está em 7,4%. Há um ano, estava em 8,6%.
Cerca de 37% das pequenas empresas reclamaram em julho ter oferecido vagas de emprego que não foram preenchidas, um recorde, indica uma pesquisa divulgada hoje pela Federação Nacional de Empresas Independentes.
O saldo de vagas de julho foi revisado para baixo, de 157 para 147 mil postos de trabalho. O resultado de agosto superou a média dos últimos três meses, 185 mil vagas.
Com este ritmo forte de contratações e a alta nos salários, é provável que o Conselho da Reserva Federal (Fed), o banco central americano, aumente a taxa básica de juros, hoje numa faixa de 1,75%-2% ao ano, duas vezes em 2018 e três em 2019. A primeira alta seria neste mês, na reunião de 25 e 26 de setembro.
O bom desempenho do mercado de trabalho nos EUA fortaleceu o dólar, que subiu 0,3% assim que o relatório foi divulgado. A pressão sobre economias em desenvolvimento com problemas, como Argentina e Turquia, não diminuiu.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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