A China cancelou duas reuniões marcadas para discutir comércio e defesa com os Estados Unidos depois da imposição de novas tarifas de importação que entraram em vigor hoje e de ameaça de sanções pela compra de armas da Rússia, noticiou a agência Bloomberg.
O vice-primeiro-ministro chinês encarregado da economia, Liu He, chegaria a Washington na próxima quinta-feira para retomar as negociações comerciais. Durante o fim de semana, a China rejeitou um convite para reiniciar o diálogo.
A decisão adia a possibilidade de desescalar a guerra comercial deflagrada pelo presidente Donald Trump para reduzir o déficit comercial dos EUA no comércio bilateral, que chegou a US$ 375 bilhões em 2017.
Na reação à compra de armas russas pela China, os EUA usaram pela primeira vez o artigo 231 da Lei de Contenção dos Adversários Através de Sanções para impor sanções cruzadas a um terceiro país, no caso, por fazer negócios com a indústria bélica da Rússia.
De acordo com este artigo, observa a empresa de consultoria e analista estrtégica Stratfor, países que fizerem negócios com a Rússia nos setores de inteligência e defesa estão sujeitos a sanções dos EUA. Isso mostra a intenção do governo Trump de usar a lei "para mais do que extrair concessões".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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