Depois da vitória inesperada de Donald Trump, prevista por apenas um instituto de pesquisa, eleitores e pesquisadores estão receosos. Mas o boletim de notícias OZY afirma que o Partido Democrata, de oposição, tem 90% de chance de recuperar a maioria na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos nas eleições intermediária de 6 de novembro de 2018.
A pesquisa, feita pelo instituto Optimus, prevê que os democratas elejam 227 deputados contra 208 do Partido Republicano, de Trump. Desde 2010, nas primeiras eleições parlamentares depois da vitória de Barack Obama em 2008, os republicanos têm maioria na Câmara.
No Senado, por sua vez, os republicanos têm 82% de chance de ter ao menos 50 deputados, a metade. Isso garantiria a maioria porque o vice-presidente Mike Pence é o presidente do Senado e pode dar o voto de minerva em votações que terminarem empatadas. A pesquisa dá aos republicanos uma maioria de 51 senadores.
Para fazer estas previsões, a Optimus utilizou um sistema de inteligência artificial que levou em consideração mais de 100 variáveis, inclusive resultados de eleições passadas, pesquisas de intenção de voto, pesquisas sobre o perfil do eleitorado e as taxas de desemprego.
Se os democratas tiveram maioria na Câmara a partir de 2019, podem abrir um processo de impeachment de Trump. Basta maioria absoluta na Câmara para denunciar o presidente. Já o afastamento definitivo depende de dois terços do Senado. É preciso que parte da bancada republicana abandone o presidente.
Em 1974, o então presidente Richard Nixon renunciou para evitar a condenação num processo de impeachment pelo Escândalo de Watergate depois que uma comissão de senadores republicanos foi à Casa Branca e avisou que o partido não o apoiaria mais.
Trump ainda está longe disso. Mas a investigação do procurador especial Robert Mueller é uma ameaça em potencial ao presidente. Sua maior preocupação no momento é não perder a maioria nas duas casas do Congresso.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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