terça-feira, 4 de setembro de 2018

China manda presidente do Congresso à Coreia do Norte

O presidente Xi Jinping vai enviar um de seus principais aliados, o presidente do Congresso Nacional do Povo da China, Liu Zhanshu, ao aniversário de 70 anos da fundação da Coreia do Norte, anunciou hoje a agência oficial Nova China. 

Com o impasse nas negociações de desnuclearização entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, se Xi fosse a Pyongyang, estaria endossando a posição norte-coreana de rejeitar um desarmamento unilateral sem concessões de Washington.

Desde que o presidente americano, Donald Trump, revelou em março a intenção de se reunir com o ditador norte-coreano, Kim Jong Un, Kim foi três vezes a Beijim se aconselhar com a China, maior aliada do regime comunista de Pyongyang.

No histórico encontro de cúpula Trump-Kim, em 12 de junho, em Cingapura, os dois líderes concordaram em princípio em desnuclearizar a Península Coreana. Em viagens a Pyongyang, o secretário de Estado, Mike Pompeo, tentou pelo menos três sugerir que a Coreia do Norte adote um cronograma de desarmamento para entregar 60% de suas armas nucleares dentro de seis a nove meses.

A Coreia do Norte rejeita o desarmamento unilateral. Exige a assinatura de um tratado de paz que acabe finalmente com a Guerra da Coreia (1950-53). Os EUA relutam, temendo que o regime stalinista de Pyongyang exija em troca a retirada dos 28,5 mil soldados americanos baseados na Coreia do Sul.

Ao cancelar a quarta visita de Pompeo a Pyongyang, Trump acusou a China de não colaborar por causa da guerra comercial deflagrada pelos EUA. O jornal oficial norte-coreano Rodong Sinmun acusou Washington de usar táticas de "banditismo" para impor a desnuclearização e aí aplicar a "diplomacia das canhoneiras".

O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae In, vai a Pyongyang em breve para tentar romper o impasse.

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