O presidente Moon Jae In chegou hoje a Pyongyang para uma visita de três dias a terceira reunião de cúpula entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul desde que o ditador Kim Jong Un iniciou o degelo propondo um encontro entre os dois na mensagem de Ano Novo.
Os líderes das duas Coreias gostariam de chegar a um acordo de paz para acabar formalmente com a Guerra da Coreia (1950-53). Um armistício vigora há 65 anos, marcando o fim das hostilidades entre, de um lado, a Coreia do Sul e uma aliança liderada pelos Estados Unidos com autorização do Conselho de Segurança das Nações Unidas para reunificar a Península Coreana e, do outro, a Coreia do Norte e a China, com o apoio da União Soviética.
A Coreia do Norte quer este acordo de paz há muitos anos. Os EUA relutam porque o regime comunista de Pyongyang quer ver a Península Coreana sem tropas americanas. Até hoje, há 28,5 mil soldados dos EUA na Coreia do Sul.
É uma força considerável que estaria na primeira linha de combate em caso de guerra com a China. Só sai se a Coreia do Sul exigir. Os EUA têm interesse em manter sua presença militar no Japão e na Coreia do Sul. Enquanto a Coreia do Norte não abandonar suas armas nucleares, o Sul tende a se proteger debaixo do guarda-chuva nuclear dos EUA.
Depois do encontro histórico com Kim em 12 de junho em Cingapura, Trump chegou a dizer que a ameaça nuclear norte-coreana não existia mais, mas as negociações estagnaram. A missão de Moon em Pyongyang é reativar o diálogo direto entre os EUA e a Coreia do Norte.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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