Com a profunda crise econômica e a escassez de 85% dos medicamentos, a mortalidade infantil cresceu 30% e a a materna 66% no ano passado na Venezuela. Os casos de malária subiram 76%. Os dados são do Ministério da Saúde e não eram divulgados há dois anos.
A queda nos preços do petróleo e o fracasso da políticas de controle de preços e câmbio do "socialismo do século 21" causaram a pior crise econômica da história da república na Venezuela. Além da inflação de 800% ao ano e da queda de mais de 20% do produto interno bruto nos últimos anos, há um desabastecimento generalizado, de papel higiênico, arroz e óleo de cozinha até medicamentos. O impacto sobre a saúde pública é devastador.
No ano passado, a morte de crianças com até um ano de idade subiu 30% para 11.466 bebês, enquanto o total de mãe que morreram até 42 dias depois do parto aumentou em 66% para 756 mortes.
Desde o início da abril, depois que o Tribunal Supremo de Justiça, dominado pelo regime chavista, tentou fechar a Assembleia Nacional, controlada pela oposição, manifestantes protestam diariamente nas ruas de Caracas e outras cidades venezuelanas exigindo a saída do presidente Nicolás Maduro e a realização de uma nova eleição presidencial. Pelo menos 39 pessoas foram mortas nos protestos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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