Por 217 a 213, um voto a mais do que o necessário, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos revogou há pouco a Lei de Cobertura de Saúde Acessível, a maior realização de política interna do governo Barack Obama. O projeto segue agora para o Senado, onde deve ser alterado.
Acabar com o programa de Obama para garantir cobertura de saúde a todos os americanos é uma luta de sete anos do Partido Republicano e dos conservadores que não querem financiar a assistência médica aos mais pobres. Era uma questão de honra para o presidente Donald Trump.
A primeira tentativa depois que os republicanos conquistaram a Casa Branca e mantiveram sua maioria nas duas casas do Congresso, de iniciativa do presidente da Câmara, Paul Ryan, não foi à votação por divergências dentro do próprio partido do governo.
Na época, o Escritório de Orçamento do Congresso, bipartidário, advertiu que 24 milhões de pessoas perderiam a cobertura de saúde em dez anos com o Plano Ryan. Desta vez, a votação foi apressada, antes de uma análise técnica da proposta.
O projeto aprovado, a pretexto de reduzir os prêmios do seguro-saúde, acaba com a obrigatoriedade de ter plano de saúde, o que faria pessoas saudáveis financiar a cobertura dos mais doentes, e com a garantia de que ninguém possa ser excluído, ter a cobertura negada, por causa de doenças preexistentes. Esta é a parte mais perversa da proposta recém aprovada.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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