Uma semana depois de anunciar que conseguiu desenvolver um míssil nuclear de longo alcance, a ditadura comunista da Coreia do Norte testou neste domingo um míssil balístico de médio alcance. O foguete teleguiado foi lançado da base de Pukchang e voou 500 quilômetros até cair no Mar do Japão.
"Este míssil, testado em fevereiro, tem alcance menor do que os dos três testes anteriores", comentou a assessoria da Casa Branca.
O regime stalinista de Pionguiangue descreveu o teste como um sucesso e declarou estar pronto para iniciar a fabricação em larga escala do míssil de médio alcance.
Depois de cinco testes nucleares e dezenas de testes de mísseis balísticos, onze só neste ano, violando resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Coreia do Norte aumentou a tensão com seus inimigos históricos, os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão, e entre os EUA e a China.
"A Coreia do Norte está muito perto de desenvolver a tecnologia que necessita para miniaturizar armas atômicas para instalar numa ogiva de míssil", comentou recentemente em Seul o Ministério da Defesa sul-coreano.
No Japão, o ministro-chefe da Casa Civil, Yoshihide Saga, lamentou o que chamou de "ações provocativas repetidas" e "inaceitáveis". Para o novo presidente da Coreia do Sul, Moon Jae In, é mais um desafio à sua tentativa de reabrir o diálogo com o Norte.
O desenvolvimento de um míssil nuclear balístico de longo alcance é uma ameaça direta aos EUA, como o presidente Barack Obama advertiu o sucessor Donald Trump durante o período de transição entre a eleição e a posse. Trump pressiona a China a enquadrar o regime stalinista de Pionguiangue.
A China, por sua vez, pressiona a Coreia do Sul, insatisfeita com a instalação de um sistema americano de defesa antimísseis capaz de ser usado contra mísseis chineses no futuro, em caso de conflito entre as superpotências.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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