Numa reviravolta histórica, o governo do presidente Mauricio Funes reconheceu a responsabilidade do Estado no assassinato do arcebispo de San Salvador, Dom Oscar Arnulfo Romero, por esquadrãos da morte durante a missa de domingo, em 24 de março de 1980.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos recomendou ao governo salvadorenho que faça uma investigação policial completa, imparcial e efetiva para identificar, julgar e punir os responsáveis.
Na época, o principal suspeito era o grupo terrorista do major Roberto D'Abuisson, o principal líder dos grupos paramilitares e esquadrões da morte antes e durante a guerra civil salvadorenha.
Dom Romero fazia sermões em defesa dos direitos humanos quando aumentava a ação de grupos paramilitares de direita. Seu assassinato foi o estopim da guerra civil salvadorenha.
Até o acordo de paz patrocinado pelas Nações Unidas no fim da Guerra Fria, em 1992, cerca de 75 mil salvadorenhos foram mortos.
O atual presidente, Mauricio Funes, é o primeiro eleito pela Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN). Esse grupo guerrilheiro desafiou o Exército de El Salvador, que tinha o apoio dos Estados Unidos, na época sob a presidência de Ronald Reagan (1981-89).
Funes era jornalista, nunca pegou em armas e entrou para o partido há poucos anos, depois do acordo de paz.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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Um comentário:
Olá, tudo bem !!! Li os seus artigos, bem atualizados e dinâmicos. Tenha um final de semana abençoado, fique na PAZ.
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