sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Presidente da Europa decepciona

Depois de rejeitar o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair por ter se aliado incondicionalmente ao então presidente americano George W. Bush na invasão do Iraque, em 2003, os líderes da União Europeia indicaram na quinta-feira, 19 de novembro de 2009, o inexpressivo primeiro-ministro da Bélgica, Herman van Rompuy, para a presidência executiva do bloco, criada pelo Tratado de Lisboa, por um período de dois anos e meio.

O novo tratado constitutivo da UE entrou em vigor em 1º de novembro para substituir o fracassado projeto de uma Constituição da Europa, que na verdade era outro tratado. Seus autores não tinham o poder constituinte delegado pelo voto dos cidadãos.

Se a proposta era nomear um Sr. Europa, um líder de prestígio que pudesse falar em nome do continente, o resultado é medíocre. Mostra a debilidade da integração europeia. No continente que inventou o nacionalismo, o nacionalismo recusa-se a ceder em nome da união.

A supercomissária de Relações Exteriores da UE será a atual comissária de Comércio do bloco, a baronesa britânica Catherine Ashton. Em princípio, tem muito menos peso político do que o atual ocupante do posto, o ex-ministro do Exterior espanhol Javier Solana.

Sem coesão, sem ideias e sem inspiração, a Europa dos 27 perde consistência política.

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