O candidato do conservador Partido Nacional, Porfirio Pepe Lobo, venceu a eleição presidencial de 29 de novembro de 2009 em Honduras. Pelo calendário eleitoral do país, deve assumir o cargo em 27 de janeiro de 2010.
Lobo teve 55% dos votos contra 38% para Elvin Santos, do Partido Liberal, ao qualquer pertencem tanto o presidente deposto em 28 de junho de 2009, José Manuel Zelaya, quanto seu substituto interino, Roberto Micheletti, que antes do golpe era presidente do Congresso.
Micheletti se afastou durante as eleições para não manchar o resultado, mas é uma atitude meramente formal, um teatro da política hondurenha.
O conflito entre zelaystas e antizelaystas dividiu os liberais, dando a vitória o Lobo, o candidato derrotado em 2005 pelo presidente deposto. Ele tem 61 anos e foi comunista na juventude, o que desperta uma certa desconfiança da oligarquia hondurenha.
Em seu primeiro comentário sobre o resultado, Zelaya declarou ser amigo pessoal de Lobo, um grande fazendeiro como ele, mas ressalvou que tem várias diferenças políticas.
A eleição, a apenas cinco meses do golpe, sem a recondução de Zelaya ao poder como exigiram a Organização dos Estados Americanos e a Assembleia Geral das Nações Unidas, dividiu os países do continente.
O Brasil, a Argentina, o Chile, a Venezuela e a maioria dos países latino-americanos recusam-se a reconhecer o resultado de eleições presididas por um governo que consideram ilegal e ilegítimo.
Já os EUA, a Colômbia, o Panamá e o Peru entendem que as eleições são a melhor saída para a pior crise política na América Central depois do fim da Guerra Fria.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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