O senador e ex-guerrilheiro tupamaro José Mujica, que passou 14 anos na prisão, deve ser eleito presidente do Uruguai neste domingo, em segundo turno. As pesquisas de intenção de voto lhe dão uma vantagem de oito a dez pontos percentuais sobre o ex-presidente conservador Luis Alberto Lacalle.
Para fugir das acusações de radical, Mujica convidou para vice-presidente o ministro da Economia, Danilo Astori, do bem-sucedido e bem avaliado governo Tabaré Vázquez, que conseguiu reconstruir o país, duramente abalado pelo colapso da economia argentina, em 2001.
No encerramento de sua campanha, o ex-guerrilheiro insistiu que "o país não está em guerra, ninguém vai esmagar ninguém e no dia seguinte todos os uruguaios voltarão a conviver em harmonia".
Lacalle argumentou que "as pedras que um dia foram usadas para tentar destruir não servem para construir o país", mas já teria admitido a derrota.
Pelas últimas pesquisas, Mujica tem de 48% a 50% das preferências contra 40% a 42% para Lacalle.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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