segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Hesbolá acusa EUA de terrorismo

Em novo manifesto, anunciado hoje por seu líder, o xeque Hassan Nasrallah, a milícia fundamentalista xiita  libanesa Hesbolá (Partido de Deus), se apresenta como uma força de resistência, convoca todos os povos para "libertar Jerusalém" e descreve os Estados Unidos como "a fonte de todo terrorismo no mundo".

Foi o primeiro discurso do líder do Hesbolá depois da formação de um governo de união nacional neste mês, depois do fim de uma obstrução de cinco meses capitaneada por Nasrallah.

"Convido e convoco a todos os árabes e muçulmanos", vociferou Nasrallah, "e a todos os países que querem paz e estabilidade no mundo, a intensificar os esforços e a angariar recursos para libertar Jerusalém da ocupação sionista e restaurar sua verdadeira identidade como cidade sagrada para muçulmanos e cristãos."

Seu objetivo principal foi tentar desmanchar a imagem do partido como um grupo terrorista. Durante 80 minutos, Nasrallah defendeu o Irã e a Síria, e acusou o presidente George W. Bush de "igualar resistência e terrorismo para negar o direito do povo de resistir".

Na sua opinião, "o Irã desempenha um papel central no mundo muçulmano. Tem coragem e determinação para defender posições árabes e islâmicas, especialmente na questão palestina".

Já a Síria, seu outro patrono, "fica do nosso lado e apoia a resistência no conflito".

Nasrallah pediu que os 422 mil refugiados palestinos tenham plenos direitos e defendeu acesso universal à saúde e à educação. Como não tem cidadania, os refugiados não conseguem trabalhar na maioria das profissões. Os xiitas estão entre os segmentos mais pobres da população do Líbano.

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