O regime comunista da China proibiu a venda de camisetas com a imagem do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vestido no estilo do líder da revolução, com o boné que Mao Tsé-tung usava nos anos 50.
A popularidade de um líder como Obama certamente assusta ditaduras militares.
Obama chegou domingo a Xangai, o centro financeiro da China continental, para uma visita de três dias ao país com uma agenda carregada por câmbio, comércio, proliferação nuclear, segurança internacional, direitos humanos e mudança do clima. Na terça-feira, será recebido pelo presidente Hu Jintao.
Com a ascensão chinesa, nos últimos anos, as economias dos dois países se tornaram interdependentes.
A China é a maior compradora da dívida soberana dos EUA e exporta produtos industrialis, muitos fabricados na China por empresas americanas. Os EUA são o principal mercado das exportações chinesas.
Quando a China fala em criar uma moeda internacional para substituir o dólar, dá um tiro no seu próprio pé, porque tem mais de US$ 1 trilhão de reservas na moeda americana.
Como a balança comercial é hoje muito favorável à China, a principal reivindicação de Obama é que a China deixe o iuã flutuar livremente para que sua cotação reflita o comércio exterior e o fluxo de investimentos da China, a entrada e a saída de moedas fortes do país. Mas os EUA ficaram mais frágeis com a crise, e os chineses não sentem necessidade de fazer concessões.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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