Na sua obsessão de impedir o uso de sete bases militares colombianas pelos Estados Unidos, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou que pretende usar a próxima reunião ministerial da União das Nações da América do Sul (Unasul) para "pedir um plano de paz à Colômbia".
"Vamos exigir que a América do Sul faça um plano de paz para a Colômbia para que se acabem os motivos e as causas pelas quais pretendem e vão instalar bases estadunidenses nesse país, declarou Maduro à Rádio Nacional da Venezuela.
"Também vamos discutir o narcotráfico", acrescentou o chanceler venezuelano. "A Colômbia é o maior produtor e exportador do continente
O governo Chávez vê na presença militar americana uma ameaça para sua "revolução bolivarista", que não vai bem.
Neste momento em que a maioria dos países está saindo da recessão mundial, o produto interno bruto da Venezuela encolheu 4,5% no terceiro trimestre. Depois de uma queda de 2,5% no segundo trimestre, o país está tecnicamente em recessão.
Indignado, Chávez quer mudar a fórmula de cálculo do PIB alegando que serviços de saúde gratuitos e outros benefícios de suas políticas não entram no cálculo.
Mas a realidade é que a economia da Venezuela encolheu com a queda nos preços do petróleo decorrente da crise internacional e por causa do socialismo à la carte de Chávez, que estatiza setores por impulsos do caudilho venezuelano e não tem regras estáveis, criando insegurança jurídica e espantando investimentos.
Numa reunião de 150 partidos esquerdistas de 40 países organizada pelo Partido Socialista Unido da Venezuela, a senadora colombiana Piedad Córdoba defendeu a resistência chavista à instalação de bases militares em seu país.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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