quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Medvedev quer uma Rússia de alta tecnologia

O presidente Dimitri Medvedev anuncia planos para transformar a Rússia num país de alta tecnologia, admitindo que a dependência de produtos primários, especialmente petróleo, foi responsável pelo forte impacto da crise internacional sobre o país, que está muito atrás dos outros BRICs na recuperação pós-crise, depois de sofrer uma queda no PIB de 9% (a conferir).

Medvedev disse que é hora de superar o modelo soviético. Ele citou áreas que tinham grande desenvolvimento científico na era soviética, como medicina, tecnologias nuclear e espacial, como base das novas reformas econômicas.

Para os analistas, é também uma jogada para se firmar no poder e sair da sombra do primeiro-ministro e ex-presidente Vladimir Putin, que ainda é considerado o homem-forte da Rússia.

Assim, China, Índia e Rússia planejam um futuro de alta tecnologia, enquanto o quarto BRIC (grupo criado por um economista do banco Goldman Sachs para reunir as grandes potências emergente), o Brasil ainda não definiu qual será sua especialização tecnológica.


Vem aí a revolução da biotecnologia. Vai transformar o mundo ainda mais do que a revolução tecnológica em andamento, da informática, à qual está acoplada.

O Brasil é o país com maior diversidade biológica do mundo e oficialmente ainda despreza esse patrimônio genético incalculável.

Outros destaques econômicos do dia:

• A produção industrial da zona do euro cresceu 0,3% em setembro, mas ainda registra queda de 12,9% na comparação anual.

• Os ministros das Finanças do fórum de Cooperação da Ásia e do Pacífico (APEC) defendem a flutuação do câmbio de acodo com os fundamentos econômicos, como defendeu o secretário do Tesouro dos EUA. O principal alvo é a moeda chinesa, o iuã, que está praticamente colada ao dólar para garantir a competitividade das exportações da China.

• O presidente Barack Obama convocou para o próximo mês, na Casa Branca, um fórum de discussões sobre desemprego.

• Os EUA querem reduzir o déficit público federal com o dinheiro que sobrou do Programa de Alívio de Ativos Tóxicos, o primeiro programa lançado por Bush para salvar o sistema financeiro depois que a crise se agravou.

• O número de novos pedidos de seguro-desemprego nos EUA voltou a cair a semana passada.

• A deflação no atacado no Japão chegou a 6,7%.

• Na França, pelo segundo ano seguido deve haver uma queda nas vendas de Natal, agora da ordem de 3,5%.

• O PIB da Espanha continua em queda, com perda de 0,3% no terceiro trimestre.
• A rede de supermercados americana WalMart teve ganhos 3,2% superiores no terceiro trimestre, mas admite que “o clima de vendas continua difícil”. As ações da maior cadeia varejista do mundo caem porque ela tem sido forçada a baixar preços para enfrentar a concorrência.

• As vendas da Ford na Europa subiram 12% em outubro.

• A British Airways e a Iberia anunciaram uma fusão para criar a terceira maior companhia aérea do mundo.

• A Intel, maior fabricante de chips de computador do mundo, vai pagar multa de US$ 1,25 bi num processo antimonopólio.

• As bolsas da Ásia e dos EUA caíram.

• Na Europa, a possível fusão da BA com a Iberia provocou uma pequena alta.

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