sábado, 7 de novembro de 2009

Sindicalistas impedem distribuição de jornais

Em mais uma tentativa de censurar a imprensa, pelo segundo dia seguido, ativistas do Sindicato dos Caminhoneiros mobilizados pelo secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho (CGT) da Argentina, Hugo Moyano, bloquearam na madrugada de hoje as oficinas dos jornais Clarín e La Nación, e da revista Noticias, críticos do governo Cristina Kirchner.

Moyano é um dos principais aliados do ex-presidente Néstor Kirchner dentro do Partido Justicialista ou peronista.

"É preciso contextualizar esta ação no clima de agressão e hostilidade contra a imprensa na Argentina, do qual não têm sido alheios setores ligados ao poder político", protestou, em nota, a Associação das Entidades Jornalísticas Argentinas.

O casal Kirchner discrimina os jornais de oposição na distribuição das verbas da publicidade oficial, enviou mais de 200 fiscais do imposto de renda para uma operação no Clarín e conseguiu aprovar às pressas uma nova lei de telerradiodifusão, enquanto ainda tem maioria no Congresso.

Mesmo antecipando as eleições de meio de mandato para 28 de junho, por medo de que a profunda crise econômica interna se agravasse, os Kirchner perderam, mas os novos deputados e senadores só assumem em dezembro. Antes disso, o governo usou seu rolo compressor para aprovar a nova legislação sobre meios audiovisuais, que vai obrigar o Clarín e a empresa que edita o jornal espanhol El País a devolverem centenas de licenças de operação.

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