Depois de anos de protelações, o Tribunal Especial das Nações Unidas para o Líbano abriu hoje em Haia, na Holanda, o processo sobre o assassinato do ex-primeiro-ministro do Líbano Rafik Hariri em um atentado terrorista em Beirute em 14 de fevereiro de 2005. Há fortes indícios de envolvimento da Síria.
A ONU cria seus próprios tribunais quando entende que não há condições para realização de um julgamento justo no país-membro onde aconteceu o crime.
Toda a comitiva de Hariri, que era também o homem mais rico do Líbano e tinha a reputação de ter reconstruído o país depois da Guerra Civil Libanesa (1975-90), foi atingida no atentado terrorista com carro-bomba. Outras 21 pessoas morreram. A revolta fortaleceu o movimento contra a influência síria no país.
Em maio de 2005, a Síria concordou em retirar suas forças, que intervieram no Líbano em 1976, quando a guerra civil entre cristãos e muçulmanos estava começando. Mas o país voltou a ficar radicalmente dividido como não se via desde a guerra civil.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário