Depois de antecipar as eleições legislativas de outubro para que o país possa se concentrar na solução da crise econômica, o governo Cristina Kirchner prepara agora o lançamento da candidatura do primeiro-marido, o ex-presidente Néstor Kirchner à Câmara pela província de Buenos Aires.
O casal Kirchner perdeu vários aliados nos últimos meses. A popularidade da presidente é de apenas um terço do eleitorado.
Por causa do calote da 2001 e da negociação forçada sob Kirchner, a Argentina não tem crédito interno nem externo para fazer políticas anticíclicas de combate à crise. E o conflito com o campo, iniciado há um ano, quando o governo começou a sobretaxar as exportações de grãos para fazer caixa num momento em que os preços dos produtos primários batiam recordes, volta com ainda mais força depois da pior seca em 49 anos no pampa argentino.
Enquanto os ruralistas estão sufocados pela seca e pela crise econômica global, o governo não pode perder arrecadação.
Assim, a antecipação das eleições é mais vista mais como um sinal de fraqueza do que de força do casal K, uma sombra desgastada do general Juan Domingo Perón e Evita.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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