Os Estados Unidos aumentaram hoje em US$ 189 milhões o orçamento para o patrulhamento da fronteira sul, que já tinha US$ 700 milhões destinados ao combate ao contrabando de drogas, armas e dinheiro através da fronteira com o México, onde o governo trava uma guerra contra gangues.
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, chega amanhã ao México e na quinta-feira vai a Monterrey, a terceira maior cidade do país, que fica próxima à fronteira, na região em que se trava a guerra contra as drogas.
Desde que assumiu o poder, em dezembro de 2006, depois de uma eleição contestada pelo candidato esquerdista Andrés Manuel López Obrador, o presidente Felipe Calderón decidiu militarizar o combate às drogas
Ao mesmo tempo, adotou a estratégia americana de guerra contra as drogas e reconheceu a incapacidade da corrupta polícia mexicana de enfrentar o desafio. Esta guerra movida pelo Estado também gerou uma guerra de quadrilhas em disputas pelos pontos e rotas do tráfico.
Depois de quase 6 mil mortes no ano passado e pelo menos 1,5 mil este ano, a guerra do governo mexicano contra as máfias do tráfico de drogas atinge os EUA, onde está o mercado consumidor de drogas que gera a renda do tráfico.
Com os dólares da venda de drogas, as gangues compram armas nos EUA. Então o patrulhamento da fronteira será feito agora do lado americano, em busca das armas e do dinheiro do tráfico.
As gangues mexicanas já atuam até no Alaska, são extremamente violentas e recrutam soldados do tráfico na população carente americana.
O governo Barack Obama e a secretária da Segurança Interna, Janet Napolitano, estão respondendo a um pedido do presidente do México, Felipe Calderón, que arca com o maior ônus nesta guerra contra as drogas estimulada pelos EUA. As armas dos inimigos do governo mexicano na guerra contra as drogas são compradas legalmente no mercado americano.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário